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Luz para Todos desembolsará R$ 1,1 bilhão no prazo de 3 anos

Fonte.: Valo – Por Camila Maia | De São Paulo

O Programa Luz Para Todos, cujo objetivo é universalizar o acesso à energia elétrica em todo o Brasil até 2022, deve desembolsar R$ 1,1 bilhão em 2020, sendo R$ 337 milhões para a região Norte do país.

O orçamento, que ficou em consulta pública entre 30 de agosto e 5 de setembro, prevê um grande volume de recursos para a Bahia: R$ 445 milhões. Segundo Antonio Celso de Abreu, diretor do Departamento de Políticas Sociais do Ministério de Minas e Energia (MME), isso se deve à concentração grande de novos consumidores na região, que deverão ser interligados ao sistema.

No Norte, o desafio é outro. Até 2022, a intenção é fazer toda a interligação possível com o sistema. “E aí teremos um grande desafio que será desenvolver sustentabilidade no Norte no que chamamos de sistemas isolados”, disse Abreu. Segundo ele, é inviável conectar à rede muitas áreas remotas dessa região.

No ano passado, a Eletrobras vendeu as distribuidoras de energia de Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia para investidores privados. Segundo Abreu, o MME aguarda os planos de investimento dos novos donos para trabalhar com números mais exatos e projeções da expansão do acesso à energia.

Para essas regiões remotas, os “micro grids” são a solução pensada pelo MME. “Serão pequenos sistemas não conectados ao grid que atendem uma quantidade grande de consumidores”, disse Abreu.

Iniciativas como o projeto da ABGD em parceria com a Fundação Charles Stewart Mott para levar energia solar fotovoltaica para a região amazônica são bem-vistas pelo governo, segundo ele. Os recursos do programa Luz Para Todos são financiados por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo bancado por todos os consumidores do país por meio da tarifa. Assim, equipamentos doados por projetos privados ajudam a reduzir custos repassados na conta de luz.

“Trabalhamos com políticas públicas de forma globalizada, mas atitudes como essa são bem-vindas. Os equipamentos são doados de forma transparente e legalizada”, disse Abreu.