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Conta de luz deve permanecer sem taxa extra em janeiro

FONTE.: O GLOBO

Com mais chuva, maior geração eólica e novas turbinas em operação, energia não vai subir

A melhoria do nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas e uma maior geração de energia devem permitir que a conta de luz dos brasileiros siga sem taxa extra em janeiro. Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, a chamada “bandeira tarifária” deve permanecer verde no próximo mês — ou seja, sem cobrança adicional na tarifa de energia.

Barata ressaltou que a decisão de adotar as bandeiras tarifárias cabe à Agência Nacional de de Energia Elétrica (Aneel ), masa tendência a curto prazo será a manutenção da bandeira verde. Na bandeira amarela, há cobrança de R$ 1 a cada 100kWh (quilowatts-hora) consumidos. Na bandeira vermelha, a sobretaxa é de até R$ 5. Na verde, não há cobrança.

De acordo com Luiz Barata, o sistema está entrando no período de chuvas, com o nível dos reservatórios em melhores condições do que no mesmo período ano passado. A região Sudeste e Centro-Oeste (o ONS considera as duas como uma única área) terminou o período seco com um nível nos reservatórios de 24%, bem acima dos 18% em igual mês do ano passado. No Nordeste, o nível dos reservatórios estava em 5,5% em novembro do ano passado, e agora está em 30%.

Luiz Barata disse ainda que, além da melhora do nível dos reservatórios, com um maior volume de chuvas nos últimos meses, houve um aumento da oferta de energia, coma entrada em operação de mais turbinas da usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, além de mais geração das usinas do Rio Madeira, de Jirau e Santo Antônio, coma entrada em operação de mais um alinha de transmissão. Barata destacou também ageração de energia eólica no Nordeste, que já representa cerca de 8% da matriz energética do país, o que permitiu preservar mais os reservatórios das hidrelétricas.

MENOS SUBSÍDIOS

O Ministro de Minas e Energia (MME), Moreira Franco, propôs reduzir os subsídios na conta de luz para a promoção de programas sociais, que são bancados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e pesam nas tarifas de todos os consumidores do país. A proposta de decreto foi encaminhada à Casa Civil para avaliação do presidente Michel Temer. A pasta não estimou o impacto que a medida teria no volume de subsídios. A estimativa mais recente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é que os consumidores teriam que arcar com R$ 17 bilhões no ano que vem para financiar a CDE. (Ramona Ordoñez e Marcello Corrêa)