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Aneel faz campanha contra incêndios em LT´s

Da Redação, de Brasília (com apoio da Aneel)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começa nesta quinta-feira, 04 de julho, uma nova campanha de comunicação para conscientizar a população sobre os riscos de incêndios em áreas próximas à rede de transmissão de energia. Sob o mote “Fique ligado: não seja o causador de um incêndio”, os esforços buscam motivar o senso de responsabilidade quanto ao assunto, abordando situações cotidianas em que o descuido no manuseio de fogo – especialmente em queimadas irregulares, cigarro e fogueiras – pode gerar incêndios próximos à rede de transmissão de energia elétrica.

Entre os destaques da campanha deste ano, estão cinco animações de 30 segundos que mostram a relação entre o mau uso do fogo e as consequências para o setor elétrico e a sociedade. Há também spots de 15 e 30 segundos para rádios, posts para redes sociais e outros materiais, como cartazes e folders, que podem ser baixados, impressos e compartilhados.

No auge do período da seca, entre julho e novembro, os incêndios e queimadas irregulares estão entre as principais causas de desligamentos forçados na rede de transmissão. A maior incidência se dá nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, respectivamente, em áreas dedicadas ao cultivo da cana-de-açúcar e de cerrado. Nessas regiões, há, maior concentração de linhas de transmissão em área de grande incidência de focos de calor.

A campanha dá continuidade a um conjunto de esforços empreendidos pela agência reguladora nos últimos anos e que já apresenta resultados expressivos. Em 2018, foram computados 323 desligamentos causados por “queimadas ou fogo sob a linha”, representado o menor valor acumulado em um período de um ano desde 2014, quando se iniciou a série histórica desse levantamento.

A Aneel tem atuado desde 2017 de forma a estabelecer procedimentos de fiscalização responsiva. Como parte das ações para redução de desligamentos por queimadas, por dois anos seguidos foram firmados planos de melhorias com transmissoras com elevado risco de incidências de queimadas. Além disso, a agência desenvolveu o Sistema de Gestão Geoespacializada da Transmissão (GGT) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A solução destina-se a coletar, integrar e analisar informações mensais sobre as linhas de transmissão, tais como datas de inspeções e limpezas de vegetação, imagens de satélite e imagens fotográficas registradas pelas concessionárias.

Cuidados na prevenção de incêndios

Focos de incêndios e queimadas próximos a linhas de transmissão podem provocar dois tipos de desligamentos: os que vão de pequenos a grandes tempos de interrupção e os chamados “piscas”. Para as indústrias, os desligamentos de curta duração, mesmo que de segundos, prejudicam a linha de produção.

A população é atingida pelo risco de curtos-circuitos em linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica, que afeta hospitais, escolas e trânsito com o congestionamento causado pelo desligamento de semáforos. Os incêndios prejudicam também a segurança de motoristas, que têm a visibilidade das pistas prejudicada devido à fumaça.

Realizar queimadas próximas a instalações do setor elétrico é crime. O Decreto 2.661, de julho de 1998, proíbe atear fogo em uma faixa de 15 metros dos limites de segurança das linhas de transmissão de energia e de 100 metros ao redor das subestações. O calor gerado pelas queimadas, além de provocar curto-circuito, resultando em desligamentos, pode danificar as estruturas metálicas e os cabos condutores, causando interrupções no fornecimento de energia.

A campanha difunde alguns cuidados simples a serem tomados na prevenção de incêndios: não jogar pontas de cigarros ou fósforos à beira de estradas ou perto de campos e florestas. Corte regularmente o mato nas propriedades. Não queimar o campo para eliminação de lixo ou limpeza para a plantação. Não acender velas ou fogueiras perto da vegetação. E não soltar balões.