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Fonte.: Agência Brasil, de Brasília
Mesmo com o retorno da energia elétrica na Venezuela, o estado de Roraima, cuja maior suprimento elétrico é feito pelo país vizinho, segue abastecida por usinas térmicas. De acordo com a Roraima Energia, subsidiária da Eletrobras responsável pela distribuição de energia no Estado, não há previsão de que o suprimento energético da Venezuela seja retomado.
Desde o apagão da semana passada, que deixou cerca de 90% da Venezuela sem energia, incluindo Caracas, o abastecimento em Roraima está a cargo de cinco usinas termelétricas.
Roraima é o único Estado brasileiro que está desconectado do sistema elétrico nacional. Metade de seu suprimento de energia vem da hidrelétrica de Guri, através de uma linha de transmissão inaugurada em 2001 pelos então presidentes Hugo Chávez e Fernando Henrique Cardoso.
Antes do apagão, a importação de energia elétrica da Venezuela era de apenas 30 MW (megawatts) durante o dia, e o resto era suprido por usinas térmicas brasileiras. À noite, o volume aumentava para 120 MW.
Com o novo cenário, a Roraima Energia avalia que o acionamento das termelétricas consome diariamente cerca de 1 milhão de litros de óleo combustível. Para dar conta da demanda, uma operação logística foi montada pelo Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para levar caminhões com diesel para as usinas.
O acionamento das térmicas é absorvido por um subsídio nas contas de luz, a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
Segundo estimativas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o aumento no subsídio para dar conta do custo anual de operação do sistema Boa Vista, com e sem a importação da Venezuela, seria de aproximadamente R$ 684 milhões.
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